quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

REALIZAÇÃO DO EVENTO DE POSSE
Agora é para valer! Após inúmeras e inúteis tentativas de fraude do evento da minha posse como Desembargador, tais como indisponibilidade das residências dos desembargadores, sonegação de engradados por parte de certo desembargador ali, declaração de nulidade dos meus votos e a absurda e inadmissível cogitação da minha exoneração do cargo antes mesmo de assumi-lo, venho convocá-los a comparecer ao meu evento de posse, que se dará no velho e tradicional Assis da Picanha, onde eu e mais, pelo menos, 72 cervejas estaremos esperando-os sem a menor ansiedade a partir das 4 da tarde, neste sábado, na mesma mesa onde fiz do Totonho o meu melhor e mais novo amigo no dia do aniversário do Wallace em 2004.
Inobstante a probabilidade de que o que será gasto no sábado vespertino mais o que gastarei em Olinda no Carnaval me leve às raias da insolvência civil, acredito que, por piedade, apenas 1/3 dos desembargadores comparecerá e o consumo chegará, no máximo, a 1,5 engradado, sobrando-me pecúnia suficiente para a compra das Coloniais Limão a serem consumidas em Olinda.
São minhas metas como desembargador para 2006:
  • destituir todos os outros e assumir a titularidade exclusiva da Egrégia Corte de Apelação como ditador autocrático;
  • vencer os Des. Wallace e André em um confronto em que enfrentarei sozinho os dois e do qual ou eles ou eu sairei vivo;
  • curar a esquizofrenia do Des. Emerson de ver fadas e duendes;
  • convencer o Des. João Gabriel a andar com os próprios isqueiros;
  • fazer o Des. Gustavo parar de sorrir para sempre;
  • convencer o Des. Marden a me dar apoio moral em pelo menos 1/3 dos encontros;
  • conter a enorme e repetitiva divulgação que têm as coisas que eu digo;
  • fumar menos cigarros ou, pelo menos, fumá-los mais devagar;
  • fazer menos perguntas;
  • ser mais esperto.

Por fim, depois de toda a coação moral e até mesmo física exercida sobre mim, por meio de ameaças de morte, cartas anônimas, telefonemas, pedidos forçados de exoneração, e de todo o terror a que fui submetido, atrevo-me, como o mais novo membro deste Colégio Recursal, a propor a aprovação da Súmula no 3 que tem o seguinte teor:

"A posse do cargo de desembargador pressupõe o patrocínio de uma poita",

ou algo mais simples, tipo, "não se pode ser desembargador sem antes patrocinar uma poita".

Tal verbete de súmula reflete, com clareza, ao meu ver, toda a triste realidade que prepondera neste Tribunal daqueles que são coagidos ilegalmente a realizar uma poita para assumir os cargos para os quais foram livremente eleitos, devendo ser submetida ao crivo do Plenário.

É o meu voto.

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