Alanis Moriquem?
Confesso, o título desse post é um tanto quanto mentiroso. Sei quem é Alanis Morissetti por conta das participações dela em Dogma, no papel de Deus, e em Nip/Tuck, no papel de uma lésbica gostosuda. Não posso atestar sobre as capacidades cênicas da moça, uma vez que sua única fala enquanto toda poderosa foi um chiado e no papel de lésbica ele falava pra cacete, mas tinha uma namorada difícil de engolir. Por sinal, acho que devia haver um pacto, ainda que não escrito, de que as lésbicas nos meios de comunicação (i) devem ser gatas e (ii) só podem se pegar com outras gatas, de preferência mais de uma ao mesmo tempo. Mas isso fica no terreno do meu mundo ideal, que será discutido em oportunidade própria. Quanto ao tema "lésbicas", podemos todos encerrar concordando que elas são o máximo!
De qualquer forma, dona Alanis estará em terras alencarinas para fazer um show. Ou sei lá quantos. Normalmente, um show do Wando me causaria o mesmo nível de preocupação, não fosse o fato de que minha senhora manifestou desejo de comparecer ao evento. De cara, eu já não iria. Porém, só para saber o quão destestável o programinha poderia vir a ser, apurei os detalhes: vai ser no Siará Hall e o ticket custa 120 (cento e vinte. um, dois, três... cinquenta e cinco, cinquenta e seis... cento e dezenove, cento e vinte!!!!) mangos.
Eu não tenho nada contra o lugar, então fica aí a dica pra quem quiser meter o sarrafo. Agora, 120 contos para ver um show?! Ela por algum acaso vai ser lésbica nesse show? E se for, vai me chamar para participar? Penso que não...
Eu não me considero um sujeito miserável. Gasto tranquilamente 120 reais em qualquer programa que considere medianamente divertido. Diabos, me convidem para beber 120 paus num final de semana e ninguém ouvirá um "ai". Mas fiquei pensando em que condições daria 120 reais para ver um show da Alanis. Vejam se não são razoáveis:
o ingresso acompanharia uma caixa com a coleção completa da Alanis em DVD. Só que ao invés de DVDs da Alanis seriam DVDs do Buttman;
ingresso e DVDs seriam entregues, em minha casa, pela própria Alanis;
eu recusaria o ingresso e ficaria com os DVDs;
Alanis, com uma voz sensual e melosa, diria que se eu quisesse, faria um show só pra mim;
eu diria "mas Alanis, eu tenho namorada!";
Alanis dira "oba, chama ela também!"
minha namorada acharia tudo muito razoável;
Alanis faria o show de cadeira de rodas, esgotada pela performance deste que vos escreve;
Aí sim dá pra encarar um show por 120 contos. Porém, como reconheço que a probabilidade dos fatores acima venham a convergir é um tanto quanto nebulosa, deverei passar essa fantástica oportunidade de ficar de saco cheio num lugar lotado e com zero perspectiva de pegar alguém. Acontece que, mulheres, como todos sabem, são de Vênus ou de algum outro lugar onde as coisas não fazem o menor sentido. O planeta Bizarro, do inimigo do Super-Homem, me vem a cabeça. Desta forma, pequenas questões, como a razão, não significam ovo na hora de argumentar com essas criaturas. Neste sentido, apesar de demonstrado por A mais B que um show onde nada explode não compensa um ingresso de 120 reais nem aqui nem na China, prevejo um contigente elevado de namorados indo ao show "porque curtem mesmo a Alanis" e que "aaaahhhhh, cara, eu gosto de ficar lá, ouvindo a música, abraçadinho..." Para vocês, desejo sorte. Até mesmo porque posso precisar da carona de alguém. Para levar minha namorada. Porque esqueci de mencionar, logo acima, que só vou se a Alanis me der carona também. Ida e volta.
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