terça-feira, 1 de abril de 2003

Gostaria de me desculpar com os demais membros desta corte pelo assunto do qual tratarei a seguir, mas, ao final, espero que minhas explicações sejam suficientes para convencê-los da necessidade em se abordar este assunto.

Sei que a Egrégia Corte deveria ser palco apenas de discussões relacionadas aos seus membros, das quais os outros mortais poderiam assistir e opinar, diga-se de passagem, sem nenhum efeito, quando lhes conviesse. No entanto, quero discutir a situação de um mortal que está particularmente me irritando e, como vcs verão, também está irritando o resto de nós, detentores do direito divino sobre a vida e a morte.

Trata-se do Eudes. Esqueça-se o fato de que ele não quer fazer uma festa. Afinal, todos nós sabemos que ele não abre a mão nem para dar tchau. Esqueça-se o fato de que, apesar disso, ele anda alegando ser Desembargador desta corte. Todos sabemos qual é a condição para entrar na Corte. Além disso, o nosso amado, idolatrado, vitaminado, salve, salve presidente já fechou essa questão, informando a este ser qual é o lugar dele. Esqueça-se até o fato de que há uns dois anos ele não sai mais com a gente. Afinal, é de conhecimento geral que o cara anda em uma fase avançada no seu estágio para casamento, em um estado de quase trainee, visitando filho de amiga do porteiro do prédio vizinho onde mora o leiteiro que um dia deu tchau para a mãe de sua namorada e em um batizado após o outro.

Agora, o que não se pode perdoar é o fato de que este indivíduo, este elemento, esta mancha na sociedade, está MIGUELANDO a sua casa para nossas reuniões!!! É isso mesmo: MI-GUE-LAN-DO!!! Alguém aí lembra a última vez que a gente se reuniu no prédio do Eudes? Pois é, eu também não. Mas o fato é que toda semana nós sugerimos uma inocente reunião social, mesmo na absurda condição de cada um levando sua bebida, quando há uma festa ainda pendente, e este crápula vem, repetidamente, nos repelindo.

Por isso, senhores, sugiro que cortemos o Eudes do convívio social. Não só do nosso, mas do resto da humanidade, já que, se temos de fazer um serviço, façamos direito. Paralelamente, sugiro ao nosso presidente que, no exercício de suas funções (?) comece a cobrar uma atitude do outro condômino deste prédio, um tal de Jogando Veras, para deixarmos de nos submeter ao Eudes. Principalmente no sentido de fazer esse cara largar de jogar bafo toda noite e passar a dar mais atenção aos colegas de Corte.

É como ordeno,

Fernando Wallace

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