O FIM DO PRÊMIO FDP?
Questão de ordem
Não que eu não seja conservador. Não que eu não me aferre à tradição. Pelo contrário! Acho que conservar a tradição é importantíssimo para se preservar a cultura. Porém, este post tem o afã de tentar abrir-lhes os olhos para um dilema que muito provavelmente permeará nosso intelecto, talvez até mesmo já no próximo ano: até onde o lendário prêmio FDP ainda faz sentido?
Vamos cair na real. Estamos ficando velhos, amadurecendo. Tudo bem, amadurecendo foi demais. Não, não estamos amadurecendo. De jeito nenhum. Somos os mesmos crianções de vários anos pretéritos. Enfim, estamos nos juntando - estamos, que eu digo, vocês - de forma séria a mulheres maduras, o que acaba desencadeando certo grau de maturidade em todos na turma, o que, por conseguinte, acaba meio que fazendo perder um pouco da graça original do prêmio FDP.
Émerson, Eudes, Fernando Veras e Gabriel já são casados; Gustavo já está noivo; Carlos Marden, André e Giuliano muito provavelmente noivarão no próximo ano. Daqui a pouco, sobrarão apenas alguns poucos desembargadores sem um compromisso solene. A não ser que o Wallace passe a usar anel de compromisso, o que, sinceramente, acho improvável.
À medida que nossa turma vai sendo amadurecida, nem que seja por extensão ou osmose, ou ao passo que desembargadores vão se comprometendo de modo mais formal, o prêmio FDP vai perdendo cada vez mais seu sentido. Senão, vejamos.
Não sei quanto a vocês, mas não imagino, por exemplo, o Wallace e a Nicole, o Gustavo e a Dani, fazendo uma viagem a, sei lá, uma micareta qualquer no litoral nordestino, e, na volta, o Wallace esquecendo os outros três lá, ou, então, trazendo o Gustavo e deixando as outras duas.
Não consigo imaginar um desembargador que está noivo ficar com a ex-namorada de alguém. Era mais fácil quando se tentava ficar ou se ficava com a ex-namorada, mas... como ele fará isso estando noivo? Sejamos sinceros: nenhum dos casados ou dos noivos fará isso.
Não passa pela minha cabeça entregar sem querer um desembargador para a sua noiva porque ficou com fulana algumas horas antes. Erros de tal gravidade só eram possíveis quando esse desembargador namorava, mas não quando está noivo.
O que estou tentando dizer é que a multiplicação de compromissos sérios na turma está fazendo com que seja cada mais difícil fazer uma "filha-da-putice". Percebam que as situações que descrevi acima foram as que deram o prêmio de FDP nos anos anteriores aos seus respectivos vencedores. Quando se trata de ex-namorada, até vai, mas noiva, aí já beira a sacanagem, né? A decadência do prêmio já é tão clara que estão querendo me indicar para receber o prêmio porque dei alguns abraços bobos e tentei agarrar as pernas maternais alheias. Ora... A grande verdade aqui é que só estão querendo me indicar por falta de opção, pois boa parte dos desembargadores, sendo bem realista, já não pode mais sequer ter uma chance de ganhar o FDP por serem casados ou estarem noivos. Além do mais, essa brincadeira que fiz na casa do André nem se compara em gravidade às outras situações que deram ao autor delas o prêmio de FDP nos anos anteriores. Se a coisa continuar assim, no próximo ano, eu acabarei concorrendo sozinho ao FDP. Entendem o que estou querendo dizer?
Por isso, não vim propor a extinção do prêmio FDP num átimo. Só acho que deveríamos começar a pensar seriamente em outro prêmio para, num futuro próximo, quando o FDP perder totalmente o sentido, esse novo prêmio poder substituí-lo a altura. Uma vez, há alguns anos, até tentamos fazer isso - instituir novos prêmios além dos originais - mas a direita conservadora encabeçada pelo Wallace votou contra. É bom que o façamos logo porque, quando o prêmio FDP finalmente já não tiver mais qualquer razão para subsistir, o que creio não estar longe, o prêmio que instituirmos agora já terá começado a fazer parte de nossa tradição.
Ao Pleno.
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